Eu carteava com o lombriga. O pé-sujo fez parceria com o canhoto. Sentaram na mesa de jogo, o pé-sujo cortou e o lombriga deu as cartas. Tomei um gole de cerveja. Peguei minhas cartas. Péssimo jogo. Parecia que o pé-sujo tinha tique nervoso, de tanto piscar e fazer caretas para o canhoto. O jogo de truco é o único momento na vida de um homem em que lhe é permitido piscar para outro homem. Não será tachado de bicha ou viado. Ao contrário, além de piscar para o parceiro, ele ainda estará com o gato. Interessante, o cidadão pisca para o outro, anunciando que está com o gato, e ninguém o chama de viado. Quero ver quem é realmente macho pra fazer isso em estádio de futebol. O lombriga sinalizou que não tinha nada. Péssimo jogo. Perdemos a primeira e entregamos. Zero a um.
O canhoto pegou o baralho. Ficou uns dois minutos jogando as cartas para lá e para cá. Tomei um gole de cerveja e o copo esvaziou. "Pega outra garrafa no congelador." Foi o que eu disse pro filho do lombriga, um moleque esquelético, de cabelo preto com umas mechas vermelhas pintadas. O moleque foi e voltou, mas esqueceu de abrir a garrafa. O canhoto continuava embaralhando. "Porra moleque, tem um abridor pendurado na porta da geladeria. Abre lá." O canhoto finalmente terminou e estendeu o monte de cartas para o lombriga, que cortou e me passou um quatro. Péssimo jogo. O canhoto terminou de dar as cartas. O pé-sujo tinha tique nervoso. Joguei o quatro. O pé-sujo jogou o mole e o lombriga jogou outro quatro. O canhoto descartou uma dama. Estavam bem. Na segunda o pé-sujo jogou um ás. O lombriga escondeu e o canhoto também. Joguei um dois. E depois um cinco. Péssimo jogo. O pé-sujo trucou e o lombriga correu. Zero a dois. Tomei um gole de cerveja.
Era minha vez de dar cartas. Dei umas três embaralhadas e passei para o canhoto cortar. Distribui o baralho e virei uma dama em cima da mesa. Beleza. Tinha dois cavalos. O tique nervoso do pé-sujo continuava. De primeira ele jogou um três. O lombriga não tinha nada. Aliás, tava ali um sujeito que nunca tinha nada. Fudido na vida, trabalhava numa loja de material agropecuário em plena cidade grande. A única coisa que realmente vendia naquela loja era ração de cachorro e de gato. Mas tinham que vender da barata, porque só gente estropiada freqüentava o local. Os ricaços comprovam ração em pet-shop. Ou então davam filé pra'queles animais nojentos que levam em shopping, restaurante, cabeleireiro e lojas. Lugares que barram criança maltrapilha na porta. É até engraçado, o bicho pode entrar, mas a criançada fica na vitrine lambendo com os olhos. Tomei um gole de cerveja. O canhoto jogou um cinco. Joguei um cavalo. O de copas. Tinha ainda o outro, de paus. Joguei um sete e segurei o cavalo. O pé-sujo jogou outro três. O lombriga e o canhoto esconderam. O pé-sujo trucou e o lombriga escondeu. Eu não tinha dado sinal. Mandei o pé-sujo jogar. Ele jogou uma dama. Suspeitei que o safado tinha levado a outra rodada na lábia. O canhoto jogou outra. Levantei pra seis. Correram. Três a dois.
O baralho foi pro pé-sujo. Tomei um gole de cerveja. Cortei. O pé-sujo deu as cartas. Péssimo jogo. Não tinha nada, mas parecia que o lombriga tinha alguma coisa. Estava ali se remexendo todo. O pé-sujo não se mexia. A cerveja deve ter curado o tique nervoso. O lombriga jogou. Ganhou sozinho a primeira. Então o pé-sujo trucou de novo. Tava ali um cara mentiroso. Não podia ser verdade, suspeitei. Afinal, o cara engana a mulher e a amante, saindo vez que outra com o bengala. Nem os amigos suspeitava que ele era bicha até o dia em que ele recebeu flores no serviço. Sem o pé-sujo saber, o canhoto pagou cinquenta pro entregador contar quem tinha mandado. Ninguém que sabia contou pro pé-sujo. Tomei um gole de cerveja. O lombriga parecia animado. Levantou pra seis. Então o pé-sujo subiu na cadeira, levantou pra nove. O lombriga nem me olhou. Mandou jogor. Era o gato. Péssimo jogo. Três a onze.
Agora o baralho era de novo do lombriga. Embaralhou bem. Tomei um gole de cerveja. O pé-sujo cortou e o lombriga distribuiu. Não tinha nada. O canhoto e o pé-sujo trocaram as cartas e o canhoto deu uma risadinha cínica. Tomei um gole de cerveja, tinha acabado de novo. "Guri, pega lá outra cerveja, e não esquece de abrir." O moleque do lombriga, tava todo encolhido ao lado do pai, mas foi lá. Trouxe a garrafa aberta. Guri esperto. Falaram que iam jogar. Dei uma olhada nas cartas do lombriga. Nada. Como eu, ele não tinha nada. Tomei um gole de cerveja. Botamos as cartas no baralho e saímos da mesa. Fui ver se ainda descolava alguma coisa pra comer. Péssimo jogo.
O canhoto pegou o baralho. Ficou uns dois minutos jogando as cartas para lá e para cá. Tomei um gole de cerveja e o copo esvaziou. "Pega outra garrafa no congelador." Foi o que eu disse pro filho do lombriga, um moleque esquelético, de cabelo preto com umas mechas vermelhas pintadas. O moleque foi e voltou, mas esqueceu de abrir a garrafa. O canhoto continuava embaralhando. "Porra moleque, tem um abridor pendurado na porta da geladeria. Abre lá." O canhoto finalmente terminou e estendeu o monte de cartas para o lombriga, que cortou e me passou um quatro. Péssimo jogo. O canhoto terminou de dar as cartas. O pé-sujo tinha tique nervoso. Joguei o quatro. O pé-sujo jogou o mole e o lombriga jogou outro quatro. O canhoto descartou uma dama. Estavam bem. Na segunda o pé-sujo jogou um ás. O lombriga escondeu e o canhoto também. Joguei um dois. E depois um cinco. Péssimo jogo. O pé-sujo trucou e o lombriga correu. Zero a dois. Tomei um gole de cerveja.
Era minha vez de dar cartas. Dei umas três embaralhadas e passei para o canhoto cortar. Distribui o baralho e virei uma dama em cima da mesa. Beleza. Tinha dois cavalos. O tique nervoso do pé-sujo continuava. De primeira ele jogou um três. O lombriga não tinha nada. Aliás, tava ali um sujeito que nunca tinha nada. Fudido na vida, trabalhava numa loja de material agropecuário em plena cidade grande. A única coisa que realmente vendia naquela loja era ração de cachorro e de gato. Mas tinham que vender da barata, porque só gente estropiada freqüentava o local. Os ricaços comprovam ração em pet-shop. Ou então davam filé pra'queles animais nojentos que levam em shopping, restaurante, cabeleireiro e lojas. Lugares que barram criança maltrapilha na porta. É até engraçado, o bicho pode entrar, mas a criançada fica na vitrine lambendo com os olhos. Tomei um gole de cerveja. O canhoto jogou um cinco. Joguei um cavalo. O de copas. Tinha ainda o outro, de paus. Joguei um sete e segurei o cavalo. O pé-sujo jogou outro três. O lombriga e o canhoto esconderam. O pé-sujo trucou e o lombriga escondeu. Eu não tinha dado sinal. Mandei o pé-sujo jogar. Ele jogou uma dama. Suspeitei que o safado tinha levado a outra rodada na lábia. O canhoto jogou outra. Levantei pra seis. Correram. Três a dois.
O baralho foi pro pé-sujo. Tomei um gole de cerveja. Cortei. O pé-sujo deu as cartas. Péssimo jogo. Não tinha nada, mas parecia que o lombriga tinha alguma coisa. Estava ali se remexendo todo. O pé-sujo não se mexia. A cerveja deve ter curado o tique nervoso. O lombriga jogou. Ganhou sozinho a primeira. Então o pé-sujo trucou de novo. Tava ali um cara mentiroso. Não podia ser verdade, suspeitei. Afinal, o cara engana a mulher e a amante, saindo vez que outra com o bengala. Nem os amigos suspeitava que ele era bicha até o dia em que ele recebeu flores no serviço. Sem o pé-sujo saber, o canhoto pagou cinquenta pro entregador contar quem tinha mandado. Ninguém que sabia contou pro pé-sujo. Tomei um gole de cerveja. O lombriga parecia animado. Levantou pra seis. Então o pé-sujo subiu na cadeira, levantou pra nove. O lombriga nem me olhou. Mandou jogor. Era o gato. Péssimo jogo. Três a onze.
Agora o baralho era de novo do lombriga. Embaralhou bem. Tomei um gole de cerveja. O pé-sujo cortou e o lombriga distribuiu. Não tinha nada. O canhoto e o pé-sujo trocaram as cartas e o canhoto deu uma risadinha cínica. Tomei um gole de cerveja, tinha acabado de novo. "Guri, pega lá outra cerveja, e não esquece de abrir." O moleque do lombriga, tava todo encolhido ao lado do pai, mas foi lá. Trouxe a garrafa aberta. Guri esperto. Falaram que iam jogar. Dei uma olhada nas cartas do lombriga. Nada. Como eu, ele não tinha nada. Tomei um gole de cerveja. Botamos as cartas no baralho e saímos da mesa. Fui ver se ainda descolava alguma coisa pra comer. Péssimo jogo.
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